"De tal modo amo a verdade que, para proclamá-la, não receio enfrentar desafios”
Sobral Pinto
Toda profissão carrega um fardo, pra mim o maior fardo de nos militantes da área jurídica, (magistrado ao motivar a sentença, delegado ao investigar um inquérito, advogado ao tentar defender seu cliente, promotor, etc…) é provar a verdade, é trazer pra dentro dos autos o que foi apurado.
A verdade dos fatos não é simples de se revelar, até porque o conceito de verdade é relativo, e muitas das vezes a verdade dos fatos se diferencia da verdade dos autos, e a verdade tem que ser processual, dentro dos autos e pode muito bem, não corresponder a verdade do mundo dos homens.
Outrossim, o erro é a falsa percepção da verdade, equívocos no deslinde de um crime são comuns e fazem parte da história da sociedade humana, se diferenciando apenas em razão da época e modo de julgamento.
“A justiça tarda, mais não falha.” O proverbio, sempre lembrado quando se chega a um bom desfecho, não é inexorável, existem casos em que a lei dos homens foi aplicada de maneira equivocada, branda e até maliciosa.
Das antiguidades aos dias de hoje, existem julgamentos políticos e polêmicos que escandalizaram a sociedade e ainda provoca debates sobre as decisões do poder judiciário, a título de exemplo e reflexão vou citar alguns casos de grave erro judicial.
Lembrando que a sociedade é que deve estar atenta para que a justiça não extrapole seus limites, nem fuja aos seus deveres, afinal todo o poder emana do povo.